quarta-feira, 22 de agosto de 2007


Confesso que estou em um momentos de "apostas altas" na vida, o que me faz viver um turbilhão de emoções. Por vezes sou todo serenidade e equilíbro, noutras sou apenas medo e olhos assustados... O que era conflito passa ser apenas uma lembrança, cedendo seu lugar a um outro conflito, desconhecido, que emerge clamando por atenção e assim, sucessivamente, velozmente, vertiginosamente, os conteúdos da minha subjetividade louca e agitada executam sua dança das cadeiras.
Talvez seja por isso que o amor se assusta comigo e eu com ele. Sempre tive muita energia emocional, e sentir com vigor é meio demodê. Quando eu amo sou oceano e os mergulhos hão de ser profundos... Bater as pernas no raso pode ser divertido no início, mas é melancólico depois de um tempo. Pude ver isso muitas vezes, pude ver amigos leves, desencanados e superficias, tornando-se amargos e ressentidos... E patéticos... Brincando de nadar com a água pelas canelas...
Estou no fundo do mar, é lindo aqui... Se o ar acabar e eu morrer, ao menos terei visto a sereia...